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Relatório Gerencial AGRX11 Março 2025: Performance, Alocação e Perspectivas

O Relatório Gerencial AGRX11 de março de 2025 trouxe atualizações importantes sobre os investimentos do fundo, destacando o contexto do agronegócio brasileiro e os desafios enfrentados pelo fundo, especialmente em relação à operação com a Agrogalaxy, atualmente em recuperação judicial.

Neste mês, o patrimônio líquido do fundo foi reportado em aproximadamente R$ 182 milhões, com 89% investidos em títulos de crédito do agronegócio. A cota patrimonial fechou o mês em R$ 10,23, enquanto o fundo alcançou um retorno médio dos ativos investidos de CDI + 5,4% e IPCA + 7,8%.

Distribuição de Dividendos e Reserva

O fundo distribuiu, em abril (referente a março), R$ 0,11 por cota. Entretanto, devido ao cenário atual da Agrogalaxy, o fundo anunciou que vai reter integralmente a distribuição referente ao mês de abril (pagamento em maio), visando formar uma reserva mínima de R$ 0,26 por cota para cobrir eventual inadimplência. Atualmente, essa reserva está em R$ 0,12 por cota.

Nos últimos 12 meses, o AGRX11 distribuiu um total de R$ 1,23 por cota, alcançando um dividend yield acumulado de 15,11% com base na cota de mercado no fechamento de março.

Destaques e Movimentações do Fundo

Nova Operação com CRA Bevap

Em março, o fundo realizou uma nova operação com a empresa Bevap, atuante no setor sucroenergético (açúcar e álcool). A emissão tem prazo de 5 anos, taxa de CDI + 3% ao ano, com juros mensais e amortização trimestral após carência inicial de 18 meses. A operação conta com rating BBB pela S&P, além de diversas garantias, incluindo cessão fiduciária de recebíveis de açúcar e/ou etanol correspondendo a 120% das parcelas a vencer.

Atualização sobre Recuperação Judicial da Agrogalaxy

Um ponto sensível destacado pela gestão é o plano de recuperação judicial (PRJ) da Agrogalaxy (AGXY3). Inicialmente proposto com deságio significativo (85% da dívida e prazo de 13 anos), o plano recebeu uma proposta alternativa (DIP Financing), que não foi aprovada pela gestão devido à falta de clareza sobre riscos e potencial de recuperação.

Diante desse cenário, a gestora optou por rejeitar a proposta de DIP e votou contra a aprovação do PRJ. Apesar disso, o plano acabou sendo aprovado pelos demais credores, indicando que haverá perda significativa no crédito investido na Agrogalaxy. Com isso, a gestão anunciou um provisionamento prudente para cobrir essas possíveis perdas, justificando a retenção integral das próximas distribuições até que a reserva esteja suficientemente robusta.

Alocação por Tipo de Indexação e Setores

O fundo mantém uma carteira diversificada com as seguintes características principais:

  • 89% indexado ao CDI
  • 7% indexado ao IPCA
  • 4% em operações pré-fixadas

Setorialmente, os principais segmentos investidos são:

  • Soja (32%)
  • Açúcar & Álcool (17%)
  • Indústria Química (12%)
  • Floresta (7%)
  • Milho e Laticínios (4% cada)

Geograficamente, destacam-se os estados do Maranhão (21%), Mato Grosso do Sul (15%), Paraná (13%) e São Paulo (11%).

Perspectivas e Estratégia da Gestão

A gestão segue focada em diversificação geográfica e setorial. Atualmente, duas novas operações estão em fase de estruturação com previsão de conclusão até maio de 2025, incluindo uma operação inédita em um setor ainda não explorado pelo fundo.

Além disso, a gestão destacou a resiliência do agronegócio brasileiro no primeiro trimestre de 2025, ressaltando os bons resultados nas exportações de soja, o crescimento na produção do milho segunda safra, e preços firmes para algodão e etanol, mesmo diante das adversidades climáticas.

Tabela de Sensibilidade (Carrego)

Para auxiliar o investidor na análise, a gestão disponibilizou uma tabela de sensibilidade, destacando o carrego implícito médio ao adquirir cotas no mercado secundário. Como exemplo:

  • A R$ 8,00 por cota, o carrego médio implícito é de CDI + 15,52%.
  • A R$ 9,00 por cota, cai para CDI + 9,77%.
  • No preço atual próximo a R$ 8,14, o carrego implícito está estimado próximo a CDI + 14,67%.

Comentário Setorial (Março 2025)

O setor do agronegócio brasileiro mostrou resultados positivos mesmo com desafios climáticos significativos. A soja foi destaque absoluto, com exportações recordes (14,67 milhões de toneladas, aumento de 128% em relação a fevereiro). A produção nacional da soja chegou a 166,33 milhões de toneladas, crescendo 12,6%.

Milho e algodão também apresentaram bons resultados, com preços firmes e perspectivas positivas para os próximos meses. Já no setor sucroenergético, apesar da leve redução na moagem total, a produção de etanol registrou níveis recordes, impulsionada pela crescente demanda doméstica.

IMPORTANTE

Este artigo foi elaborado com base nas informações disponíveis no relatório gerencial do fundo AGRX11 referente a março de 2025. Os dados financeiros apresentados foram cuidadosamente conferidos com o documento original. Caso encontre algum erro ou divergência, por favor, entre em contato imediatamente para correção.

Vale lembrar que este conteúdo possui caráter estritamente informativo e não deve ser considerado uma recomendação de compra ou venda de cotas deste fundo. Antes de tomar decisões financeiras, leia o regulamento e demais documentos legais no site da gestora do fundo.


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